Os Módulos do Programa Médicos de Família são exemplos do caos da Saúde de Niterói. Além de equipes incompletas, sem médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, entre outros profissionais, há módulos totalmente interditados, por insalubridade, deteriorados fisicamente, onde equipes se revezam por falta de espaço (consultórios).
O Módulo de Leopoldina é um triste exemplo. No dia 17 de fevereiro, nossa equipe de reportagem esteve na unidade, que estava fechada para obras. A reabertura ocorreu no dia 23 de março. Durante a reforma, foi oferecido o Módulo Médico da Família Maruí, como alternativa para a população. O problema é que o acesso e o transporte ao local é ruim.
Uma das pacientes, que preferiu não se identificar, reclamou da falta de assistência no município. Segundo ela, o Módulo Maruí fica longe de sua residência e ela não tinha dinheiro para a passagem, além do acesso ao módulo que é ruim.
“Sou diabética e hipertensa e dependo de remédios para sobreviver. Sem atendimento e medicação, tenho passado mal. É esse o investimento que aprefeitura diz fazer na Saúde?”, criticou.
“Nossos pacientes sofrem com a falta de acesso, em tempos clínicos adequados, aos principais meios diagnósticos,como métodos gráficos, laboratório de análises clínicas, diagnóstico por imagem, entre outros). As unidades vivem a todo tempo com a falta de medicamentos importantes, e insumos. Isso não é vida. É mais do que um pesadelo que a população de Niterói vive a cada dia”, comentou Cesar Braga Macedo, presidente da Associação dos Servidores da Saúde de Niterói.