A reunião entre os diretores da Associação dos Servidores da Saúde de Niterói, o secretário de Saúde Rodrigo Oliveira e a diretora geral da FeSaúde, Anamaria Schneider, realizada na útima quinta-feira (1º ), na sede da FeSaúde, aumentou ainda mais a pressão da entidade contra a precarização de serviços e o caos instalado na Saúde do município.
Em pauta, a Tabela Salarial, o Plano de Carreiras e Salários do SUS unificado, problemas envolvendo os Médicos de Família e os profissionais da Saúde Mental.
Pressionado pela entidade, através de manifestações e atos presenciais, além de publicações nas redes sociais, Rodrigo Oliveira afirmou que a secretaria está se reestruturando para negociar a Tabela Salarial e o Plano de Cargos, Carreiras e Salários do SUS unificado (PCCs).
Em julho, o Ministério Público reconheceu a Associação dos Servidores da Saúde de Niterói como único representante dos profissionais de Saúde do município. Na ocasião, o MP recomendou a implementação do PCCs da Saúde do município.
A Associação integra a Comissão Paritária de Carreiras, que discute salários, condições de trabalho, além de adequá-lo à dinâmica própria do SUS, e eliminar vínculos precários entre os profissionais e a administração pública no município.
Outro tema da reunião foi a reclamação dos médicos de família, que são obrigados a regular os próprios pacientes. O secretário e a diretora geral da FeSaúde reconheceram a precarização do sistema de regulação e prometeram um debate com os médicos para resolver o problema.
A Educação Permanente teve destaque durante o debate, principalmente em relação à sua importância para os profissionais da Saúde. O tema ficou de ser discutido nas próximas reuniões.
A Associação ressaltou ainda os problemas ocorridos na Saúde Mental, que afetam os pacientes, no atendimento e quanto ao abastecimento de remédios. Com a gravidade do problema, a entidade exigiu pressa na solução dos problemas.
“O atraso a que está submetido o Sistema Municipal de Saúde de Niterói é assombroso. Mais assombrosa ainda é a falsa imagem que toma conta da estrutura do governo, que com sua fantasia e megalomania, continua a teimar em se confrontar com a realidade. Vazios assistenciais imensos , na atenção básica, totalmente subdimensionada em seus recursos assistenciais, com limitação de acesso à meios diagnósticos adequados, e tempos de espera que excedem a oportunidade clinica, da Atenção Especializada residual ou praticamente inexistente, em diversos campos da clínica, da Atenção às Urgências de baixa complacência, mal dimensionada e com reduzida capacidade resolutiva, e da Atenção Hospitalar que claudica com reduzido número de leitos qualificados e profundo atraso tecnológico e informacional. No entanto, a propaganda governamental vende imagem irreal de qualidade inexistente, em um claro confronto com o mundo real da desassistência e do sofrimento dos que não conseguem atendimento digno , dentro do tempo clínico necessário, e da dignidade do direito à saúde da População”, criticou Cesar Braga Macedo, presidente da Associação dos Servidores da Saúde de Niterói.