A Associação dos Servidores da Saúde de Niterói realizou em sua sede, nesta segunda-feira (24), a Assembleia dos Cuidadores da Saúde Mental do município. O encontro serviu para o debate sobre os problemas e dificuldades enfrentados pelos servidores. A maioria criticou “a manobra” da Fesaúde em manipular a eleição para Comissão de Representantes dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde, marcada para o dia 9 de novembro, com uma hora e meia de duração.
“É um jogo de carta marcada. Não fazemos parte dessa comissão. Fazem pressão para votarmos em pessoas da confiança deles. O assédio é uma afronta aos princípios democráticos de direitos”, reclamou outro funcionário, que pediu para não ser identificado.
Outro item que gerou muitas críticas foi a mudança da carga horária de 24 x 72, registrada em ato administrativo e de convocação de processo seletivo, para 12 x 36. Segundo eles, os chefes e coordenadores de setores praticam assédio moral contra os funcionários.
“A mudança foi feita durante uma reunião com poucas pessoas da Fesaúde e nenhum representante dos funcionários”, criticou uma servidora.
Outro motivo de insatisfação dos servidores está no registro em carteira. Ao invés de Cuidador da Saúde Mental, o documento registra a função de babá.
“Nada contra a função de babá. Afinal trata-se de um emprego digno. O problema é que a nossa função não é essa. Eles querem é implementar o desvio de função, o que já é uma realidade. Todos fazemos tarefas diariamente que não condiz com o nosso cargo de cuidador de idoso” lembrou outra servidora.
“O Secretário de Saúde Rodrigo Oliveira e a Diretora da FeSaude Sra. Anamaria Schneider em um ostensiva lógica privatista tenta impor aos Servidores públicos contratados pela FeSaude um comportamento de Empresa Privada. Ratificado pelo Ministério Público em reunião na sede da Fundação Municipal de Saúde de Niterói, com a presença do staf da fundação, a Associação dos Servidores da Saúde de Niterói é o legítimo e único representante do funcionalismo público da saúde municipal sob o guarda chuva da Fundação Municipal de Saúde”, comentou Cesar Braga Macedo, presidente da Associação dos Servidores da Saúde.
